segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
TEMPO DE PONTO FINAL
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.”
Vazio, fútil, oco, essas palavras transmitem um tom de desapontamento e desilusão. Agarrado as posses, experiências, poderes e prazeres, que não perduram em seu interior. Milhões têm uma vida vazia, sem sentido ou significado, e se afundam em desespero. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”. Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? O projeto tão cuidadosamente articulado falhou? A amizade tão longamente cultivada foi traída?
Antes de começar uma etapa nova na vida, é preciso concluir a anterior. Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Há um momento em que se faz necessário encerrar ciclos, fechar portas, concluir, finalizar e seguir adiante. Insistir em permanecer numa determinada circunstância mais do que o tempo necessário, levará você a perder a alegria e o sentido das outras etapas e momentos que precisa viver. É fundamental deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram, não perdurar tristezas, sofrimentos ou mesmo alegrias e bons momentos.
Ficar se perguntando sobre o que ou como aconteceu não irá solucionar o conflito que se instaurou, é preciso ir adiante, dar o próximo passo e compreender que há situações que só serão entendidas no futuro, é muito fácil as emoções tomarem os olhos e nublar sua razão eclodindo num desgaste imenso para você e todos que estão à sua volta, pois, todos sofrerão ao ver que você está parado, não consegue virar a página, insiste em remoer situações em busca de respostas que só o tempo lhe dirá. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, o que passou não voltará, contudo, insistir em saudosismos como se fosse possível modificar o passado com sua compreensão de mundo atual é absurdo. Não há como eternizar a infância, se manter como adolescentes tardios, ou filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, ou ainda amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor a fazer é deixar que elas realmente possam ir embora, por mais doloroso que seja, têm-se que fechar as portas para que o passado não possa mais afetar seu presente e influir diretamente em seu futuro. Talvez seja necessário desfazer-se de certas lembranças, de objetos, de lugares visitados, pois isso nos levará a abrir espaços para que outras tomem o seu lugar. É sabido por todos que às vezes ganha-se, enquanto que noutras perde-se. Assim, pare de esperar devoluções merecidas ou que se reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio ou ainda que entendam a intensidade de seu amor.
Finalizar circunstâncias, não é fugir, também não é por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida e isso estará apenas te envenenando, e nada mais.
É tempo de se colocar um ponto final, de mudar o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. O hoje vem apenas uma vez para nunca mais voltar. Espera-se que ele venha novamente amanhã, mesmo assim ele não vem. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Experimente ser você, viva sua realidade com intensidade e não espere algo em troca, apenas seja o melhor de você.
Por,
Ulisses Juliano
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
PRESUNÇÃO DE ESTUPRO DE INVIOLÁVEL COM O ADVENTO DAS MODIFICAÇÕES PROVOCADAS NO CÓDIGO PENAL PELA LEI 12.015, de 07 de agosto de 2009
COM O INTUITO DE IDENTIFICAR O CRIME, CONSIDERE UM CASO ALEATÓRIO ONDE O AGENTE QUE EMPREGA VIOLÊNCIA, GRAVE AMEAÇA, OU FRAUDE PARA REDUZIR A VÍTIMA MAIOR DE 14 ANOS A UMA CONDIÇÃO EM QUE ESTA NÃO PODE OFERECER RESISTÊNCIA E PRATICA COM ESTA CONJUNÇÃO CARNAL.
A Lei 12.015, de 07 de agosto de 2009, modificou substancialmente o tratamento legal dos chamados “crimes sexuais”. Diversas foram as alterações nos aspectos penais das conhecidas infrações contra os costumes, a começar pela modificação redacional do Título VI, da Parte Especial do Diploma repressivo, antes chamado “dos crimes contra os costumes” agora chamado “dos crimes contra a dignidade sexual”.
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: § 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
Não é possível a utilização do artigo 213, mesmo quando este evidencia que a vítima seja submetida à violência ou grave ameaça com a finalidade de com ela manter-se conjunção carnal, a complexidade se dá quando se observa a palavra “constranger” no caput do art. 213, de modo que, constranger pode ser configurado como o tolhimento da liberdade, ou a atitude de forçar ou coagir a vítima. Entretanto, o legislador não necessariamente preceitua a condição em que a vítima não possa oferecer resistência, e o caso supracitado é enfático neste ponto, ou seja, apenas o art. 217-A é explicitamente cabível, pois, esquadrinha a situação onde a vítima é impedida ou dificultada de manifestar livremente sua vontade e este fato se dá não só por fraude, contudo, por “qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.” Nesta conjuntura, exemplos nos quais o caso aconteça onde as vítimas possam estar embriagadas, drogadas ou sedadas podem ser alvos do disposto no referido artigo.
Por causa da ampliação do tipo, as vítimas deixarão de serem sujeitas ao estupro, passando a serem sujeitos passivos de estupro de inviolável. Se a pessoa não puder oferecer resistência é vulnerável. É importante, em cada caso concreto, avaliar a superioridade de forças do agente, apta a configurar a vulnerabilidade através da violência ou fraude.
O texto do revogado artigo 224, passou a integrar quase que literalmente a descrição típica do artigo 217-A do Código Penal. A princípio, cabe transcrever os dois textos legais para melhor compreensão do tema:
Neste caso, não se leva em conta a eventual concordância dos sujeitos passivos com o ato sexual, pois, entende-se que são incapazes – pelos motivos supracitados no § 1º –, de compreender ou resistir o delito. Trata-se de uma presunção, mesmo quando o legislador decidiu expressamente não falar em presunção. Pois, alguém nesta conjuntura em que não possa oferecer resistência, não tem condições óbvias de defesa, concluindo-se então a configuração de vulnerabilidade. Nesta esteira, observa Guilherme de Souza Nucci que: “Assim fazendo, o que se pretende é inserir, tacitamente, sem falar em presunção – um termo que sempre gerou polêmica em direito penal, pois atuava contra os interesses do réu –, a coação psicológica no tipo idealizado.” Assim, objetivando uma ou outra finalidade, a lei penal agora edificou sob o prisma da redação da norma penal incriminadora a conduta que antes era considerada criminosa por presunção legal.
Por, Ulisses Juliano
Bibliografia
MIRABETE, Julio Fabrinni. Manual de direito penal. Parte especial Arts. 121 a 234b do cp. – 27. São Paulo: Atlas, 2010.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito penal: parte especial. – 4. Ed. – São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
CARUSO, Gianfranco Silva. A Lei n°12.015/09: reflexos para além dos crimes sexuais. Direito Unisal, São Paulo, 03 de novembro 2010. Disponível em: http://www.direitounisal.com.br/wordpress/wp-content/uploads/2010/03/10ed02.pdf. Acesso em: 09 dez. 2010.
JOVELI, José Luiz. Breves considerações sobre a noviça Lei 12.015, de 7 de agosto de 2009 – A questão da corrupção de menores. Disponível em: http://www.lfg.com.br/public_html/article.php?story=20090813094254785. Acesso em 09 de dezembro de 2010.
PEREIRA, Pedro. Observações à Lei nº 12.015 de 07 de agosto de 2009. Disponível em: http://www.jusvi.com/artigos/41963/2. Acesso em 09 de dezembro de 2010.
DEIXEI DE SER AQUELE QUE ESPERAVA
Deixei de ser aquele que esperava,
Isto é, deixei de ser quem nunca fui...
Entre onda e onda a onda não se cava,
E tudo, em ser conjunto, dura e flui.
A seta treme, pois que, na ampla aljava,
O presente ao futuro cria e inclui.
Se os mares erguem sua fúria brava
É que a futura paz seu rastro obstrui.
Tudo depende do que não existe.
Por isso meu ser mudo se converte
Na própria semelhança, austero e triste.
Nada me explica. Nada me pertence.
E sobre tudo a lua alheia verte
A luz que tudo dissipa e nada vence.
(Fernando Pessoa)
Isto é, deixei de ser quem nunca fui...
Entre onda e onda a onda não se cava,
E tudo, em ser conjunto, dura e flui.
A seta treme, pois que, na ampla aljava,
O presente ao futuro cria e inclui.
Se os mares erguem sua fúria brava
É que a futura paz seu rastro obstrui.
Tudo depende do que não existe.
Por isso meu ser mudo se converte
Na própria semelhança, austero e triste.
Nada me explica. Nada me pertence.
E sobre tudo a lua alheia verte
A luz que tudo dissipa e nada vence.
(Fernando Pessoa)
domingo, 12 de dezembro de 2010
JESUS NÃO É EVANGÉLICO
Poucos personagens históricos foram tão mal interpretados quanto Jesus, tanto na sua época como hoje. É necessário o desenvolvimento de um equilíbrio fundamentado solidamente nas Escrituras, para que as distorções de quase vinte séculos de tradições não nos solapem a alma a conclusões equivocadas sobre aquEle que É, que era e que há de vir.
Jesus nunca se submeteu às convenções humanas de ética para um bom viver, Ele amava e não se mimetizava aos chavões evangélicos que foram a Ele atribuídos. Não havia hipocrisia nEle, nunca houve meio termo, sempre Verdade embebida em graça.
Nós os evangélicos, estamos constantemente tentando "constranger" Jesus a se enquadrar em nossas religiosidades fabricadas por interesses ambíguos e contemporâneos. A maior oposição que Jesus enfrentou não veio dos pecadores e publicanos, mas sim dos líderes religiosos que enxergavam-no como uma ameaça à sua autoridade. A igreja promove uma santidade inatingível e as pessoas ficam entre a hipocrisia de ser e a angustiosa culpa de não ser. Nosso "sim" está sempre sujeito às tendências, de modo que a moral, a ética, a integridade estão ajustadas ao que atualmente é convencionado, ou seja, estamos sempre pervertendo o "sim e o não" de acordo com as nossas necessidades, e para isso utilizamos sempre o nome de Jesus como "testa de ferro" de nossas idiocracias. Vivemos cada qual ao nosso modo, vidas secas, estéreis, vazias de Deus, de modo que, julgamos a todos quantos não se enquadram em nosso padrão evangélico de ser. Somos os portadores da espada da justiça, criamos ritos e liturgias e oficializamos momentos de espiritualidade tornando o viver numa cerimônia com o intuito de nos alienar do mundo, obcecados que somos por pormenores puristas, detalhistas e cheios de preconceitos, dominados pela idéia de construção de uma teocracia na terra. Exteriorizar é uma prática comum e necessária em nosso meio, a fim de que todos possam visualizar nossos "fetiches" espirituais, sem, contudo, experimentarmos a convivência com o Eterno.
Jesus nos convida a seguir princípios imutáveis e ao mesmo tempo sermos livres para escolher. Não importa 'o que' ou 'como', você sempre pode contar com os princípios do evangelho para responder às adversidades da vida. Há uma exigência vital por respostas, por soluções, por completudes, contudo, a maioria de nós apenas "vai levando". Se omitindo da existência ao esgueiramo-nos nos recônditos do cristianismo religioso e mecânico. No final das contas, o evangelho nos constrange a crescer para nos tornarmos nosso próprio juiz, mentor e cobrador e eu tenho convicção de que este será o objetivo mais difícil de nossas vidas, pois, exige responsabilidade e compromisso. Não estamos acostumados a estas palavras, mas sim com a idéia de que "o pastor que ore por mim", ou o "líder que decida o que é melhor", "eu apenas sigo", "apenas participo", "não preciso assumir posicionamentos concretos". No discipulado há uma lei básica: a pessoa é livre para tudo, só não é livre para deixar de escolher.
Não há alternativas, o homem tem que estruturar a sua vida única e exclusivamente sobre o evangelho. Não há outra base, só há uma rocha firme, uma pedra angular sobre a qual edificamos nossa existência. Não obstante, na maioria das vezes, nossas mensagens atuais não é esta, mas sim a de mercantilizar o evangelho, de estabelecer regras e preceitos para que somente assim o homem tenha condição de acessar a graça, mediante o cumprimento de uma série de requisitos de determinada denominação para que se forme uma "raça de eleitos", de "seres perfeitos", aos quais denominamos de evangélicos.
Jesus não veio preconizar uma crença, uma nova religião ou uma filosofia de vida, pois, tudo isso são sistematizações arrogantes e tolas que se perdem com o passar do tempo. Jesus não é evangélico, islâmico, budista ou de qualquer religião. Ele veio revelar o mistério, Ele veio para que o homem pudesse experimentar a fé que suporta os conflitos da existencialidade no passado, no presente e no porvir. Essa fé que não se sujeita a uma denominação ou a um título clerical, pois, é disponível a todos que desejam ir além da superficialidade religiosa e experimentar o mistério da graça que permanece em segredo aos que insistem em ativar mecanismos ao invés de se dobrar com a alma quebrantada diante do amor imensurável do Criador.
Eu não estou aqui defendendo Jesus, pois, Ele não precisa de defesa, o Eterno se defende ou Deus não é Deus afinal? Então, o que desejo dizer com tudo isso?
Ora, também não estou conclamando ninguém a sair de sua igreja ou a se revoltar contra suas lideranças, estou apenas repetindo o que Jesus sempre afirmou: viver pela fé, afeta de tal modo a existência humana, que constrange sem alardes, sem pressões, sem manipulações ou tirania, o homem a viver abundantemente e ao mesmo tempo simplesmente como Jesus.
Devemos ser o elemento diferenciador de nossa sociedade, trazendo tempero à realidade, pois, o mundo está insípido e amargo e necessita de sal, de alegria, de prazer, de graça. Minha oração é de que você experimente, de uma vez por todas, o Deus ao qual você afirma seguir. a fé verdadeira e salvadora não pode basear-se inteiramente na "religião", mas deve ser centrada na pessoa e no exemplo de Jesus.
Por,
Ulisses Juliano
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
O STF REVELA O SEU SIGILO
Nesta última quinta-feira (25/11/2010), o Supremo Tribunal Federal (STF) cassou medida liminar, que impedia a quebra de sigilo bancário da GVA Indústria e Comércio S/A pela Receita Federal por 6 votos a 4. A cautelar tinha o objetivo de dar efeito suspensivo ao Recurso Extraordinário interposto na Corte pela própria empresa.
Com esta decisão o Supremo decide que fiscais da Receita podem acessar os dados bancários dos contribuintes sem autorização prévia da Justiça. Desde janeiro de 2001, uma lei permite que os fiscais da Receita Federal acessem dados sobre a movimentação bancária de qualquer pessoa ou empresa sem necessidade de autorização judicial.
A matéria tem origem em comunicado feito pelo Banco Santander à empresa GVA Indústria e Comércio S/A, informando que a Delegacia da Receita Federal do Brasil – com amparo na Lei Complementar nº 105/01 – havia determinado àquela instituição financeira, em mandado de procedimento fiscal, a entrega de extratos e demais documentos pertinentes à movimentação bancária da empresa relativamente ao período de 1998 a julho de 2001. O Banco Santander cientificou a empresa que, em virtude de tal mandado, iria fornecer os dados bancários em questão.
A justificativa do tribunal para essa medida, portanto, foi que a Receita Federal pode utilizar de uma exímia ferramenta contra os sonegadores habituais que minam os cofres públicos por todo o país. Contudo, Celso de Mello, um dos quatro ministro que votaram contra a lei, afirmou que a inviolabilidade do sigilo de dados prevista pela Constituição Federal “torna essencial que as exceções derrogatórias da prevalência desse postulado só possam emanar de órgãos estatais, dos órgãos do Poder Judiciário, ordinariamente, e das Comissões Parlamentares de Inquérito, excepcionalmente, aos quais a própria Constituição da República – não uma simples lei ordinária, não qualquer lei complementar – outorgou essa especial prerrogativa de ordem jurídica”.
Por sua vez, a ministra Ellen Gracie, foi contundente ao ressaltar que “tratando-se do acesso do Fisco às movimentações bancárias de contribuinte, não há que se falar em vedação da exposição da vida privada ao domínio público, pois isso não ocorre. Os dados ou informações passam da instituição financeira ao Fisco, mantendo-se o sigilo que os preserva do conhecimento público”.
Para alguns juristas o posicionamento do Supremo é um retrocesso, visto que, a jurisprudência pacífica do STF era que a Receita não tinha direito ao acesso, a não ser com autorização do Judiciário. Não obstante, para outros, a decisão é positiva, pois, trata-se de um mecanismo importantíssimo para combater a sonegação, desde que não haja vazamentos.
As controvérsias giram em torno de casos onde fiscais utilizaram deste aparato para municiar dossiês de vários candidatos durante a última campanha eleitoral comprometendo a lisura deste exercício democrático, com quebras de sigilos não só de candidatos, como de pessoas ligadas a estes. Contudo, há que se compreender que, de fato, se as informações não se tornarem públicas, o contribuinte terá resguardado o direito à privacidade e a Receita obterá dados melhores sobre todos nós.
Por,
Ulisses Juliano
Acadêmico do Curso de Direito das Faculdades ESPAM/PROJEÇÃO
Brasília-DF
Fonte: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=166787&caixaBusca=N
Com esta decisão o Supremo decide que fiscais da Receita podem acessar os dados bancários dos contribuintes sem autorização prévia da Justiça. Desde janeiro de 2001, uma lei permite que os fiscais da Receita Federal acessem dados sobre a movimentação bancária de qualquer pessoa ou empresa sem necessidade de autorização judicial.
A matéria tem origem em comunicado feito pelo Banco Santander à empresa GVA Indústria e Comércio S/A, informando que a Delegacia da Receita Federal do Brasil – com amparo na Lei Complementar nº 105/01 – havia determinado àquela instituição financeira, em mandado de procedimento fiscal, a entrega de extratos e demais documentos pertinentes à movimentação bancária da empresa relativamente ao período de 1998 a julho de 2001. O Banco Santander cientificou a empresa que, em virtude de tal mandado, iria fornecer os dados bancários em questão.
A justificativa do tribunal para essa medida, portanto, foi que a Receita Federal pode utilizar de uma exímia ferramenta contra os sonegadores habituais que minam os cofres públicos por todo o país. Contudo, Celso de Mello, um dos quatro ministro que votaram contra a lei, afirmou que a inviolabilidade do sigilo de dados prevista pela Constituição Federal “torna essencial que as exceções derrogatórias da prevalência desse postulado só possam emanar de órgãos estatais, dos órgãos do Poder Judiciário, ordinariamente, e das Comissões Parlamentares de Inquérito, excepcionalmente, aos quais a própria Constituição da República – não uma simples lei ordinária, não qualquer lei complementar – outorgou essa especial prerrogativa de ordem jurídica”.
Por sua vez, a ministra Ellen Gracie, foi contundente ao ressaltar que “tratando-se do acesso do Fisco às movimentações bancárias de contribuinte, não há que se falar em vedação da exposição da vida privada ao domínio público, pois isso não ocorre. Os dados ou informações passam da instituição financeira ao Fisco, mantendo-se o sigilo que os preserva do conhecimento público”.
Para alguns juristas o posicionamento do Supremo é um retrocesso, visto que, a jurisprudência pacífica do STF era que a Receita não tinha direito ao acesso, a não ser com autorização do Judiciário. Não obstante, para outros, a decisão é positiva, pois, trata-se de um mecanismo importantíssimo para combater a sonegação, desde que não haja vazamentos.
As controvérsias giram em torno de casos onde fiscais utilizaram deste aparato para municiar dossiês de vários candidatos durante a última campanha eleitoral comprometendo a lisura deste exercício democrático, com quebras de sigilos não só de candidatos, como de pessoas ligadas a estes. Contudo, há que se compreender que, de fato, se as informações não se tornarem públicas, o contribuinte terá resguardado o direito à privacidade e a Receita obterá dados melhores sobre todos nós.
Por,
Ulisses Juliano
Acadêmico do Curso de Direito das Faculdades ESPAM/PROJEÇÃO
Brasília-DF
Fonte: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=166787&caixaBusca=N
terça-feira, 9 de novembro de 2010
DEUS NÃO OUVE NOSSAS ORAÇÕES
Deus revela a Isaías um segredo: EU NÃO OUÇO A ORAÇÃO QUE O POVO ESTÁ FAZENDO! Essa informação é aterradora e ao profeta o Eterno esclareceu o porque de certas orações não são ouvidas e nunca serem atendidas.
Clama a plenos pulmões, não te detenhas, ergue a voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus pecados.Mesmo neste estado, ainda me procuram dia a dia, têm prazer em saber os meus caminhos; como povo que pratica a justiça e não deixa o direito do seu Deus, perguntam-me pelos direitos da justiça, têm prazer em se chegar a Deus, dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos a nossa alma, e tu não o levas em conta? Eis que, no dia em que jejuais, cuidais dos vossos próprios interesses e exigis que se faça todo o vosso trabalho. Eis que jejuais para contendas e rixas e para ferirdes com punho iníquo; jejuando assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto. Seria este o jejum que escolhi, que o homem um dia aflija a sua alma, incline a sua cabeça como o junco e estenda debaixo de si pano de saco e cinza? Chamarias tu a isto jejum e dia aceitável ao SENHOR? Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo? Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desabrigados, e, se vires o nu, o cubras, e não te escondas do teu semelhante? Então, romperá a tua luz como a alva, a tua cura brotará sem detença, a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda; então, clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás por socorro, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o dedo que ameaça, o falar injurioso; se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita, então, a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. O SENHOR te guiará continuamente, fartará a tua alma até em lugares áridos e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas jamais faltam. Os teus filhos edificarão as antigas ruínas; levantarás os fundamentos de muitas gerações e serás chamado reparador de brechas e restaurador de veredas para que o país se torne habitável. Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nãopretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no SENHOR. Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque a boca do SENHOR o disse. 1
Tinha toda uma galera em Israel que orava exatamente como a maioria de nós - incluindo a mim - oramos hoje. Deus dá o recado através de Isaías e deixa bem claro que conquanto todos aqueles que oram e jejuam naquelas circunstâncias, Ele não tem a mínima intenção de respondê-los e nem de ouvi-los.
O pessoal dá uma cartada em Deus: "Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos a nossa alma, e tu não o levas em conta?"
Não obstante Deus destaca que esse amor tem que ser muito mais do que dar esmolas, veja você: "que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo?"
Deus deixa claro que o amor tem que ser ativo, atuante, participativo. Temos que ir naqueles que estão sendo vítimas da impiedade e libertá-los, desfazer as algemas que prendem e despedaçar o jugo que inclusive nós mesmo colocamos sobre os outros. Nossas atitudes condizem com nossas palavras, com nossas orações? Se nossas orações não corresponderem nossas atitudes em relação ao outro, nenhuma palavra será atendida.
Carlos Bregantim escreveu certa vez "Gosto dos que dizem: Estou orando por você, mas, prefiro os que vão alem e chegam perto e dizem: Vim pra ficar com você."
Ora, o cristão deve tentar usar todos os eventos de sua vida diária para transformar os que estão à sua volta. Contudo, sabemos que isso só se dá por amor, mas também sei que estar no evangelho é experimentar encontros diários com contradições envolvido na fé que move qualquer montanha.
Sua vida com Deus se inicia com oração. Quanto mais tempo você passar com Cristo, mais você agirá como Ele. As pessoas são importantes para Jesus, a compaixão dele começarão a se manifestar através de você. Você pode desfrutar de Deus, pois foi para isto que Ele o criou. Você sentirá a companhia, o carinho, o cuidado, o zelo, as misericórdias e o amor dEle. Ele o convida para uma vida mais abundante.
Qual nossa verdadeira motivação por trás de nossas orações?
O que fica claro nisso tudo é que na oração é melhor ter um coração sem palavras do que palavras sem coração.
Assim é "porque a boca do Senhor o disse!"
Por, Ulisses Juliano
1. Isaías 58
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
LUGAR DE HOMOSSEXUAL É NA IGREJA
Eu era moleque ainda quando li o novo testamento pela primeira vez. Encontrei um pastor e disse a ele: “Jesus nunca entraria na sua igreja.” Ele assustado me questionou o porquê e eu respondi: “Porque Ele não tem nada a ver com o ‘Jesus’ que o senhor prega.” Naquela época o que eu acreditava ser aberração era excluir um membro da igreja por este possuir uma televisão, ou a preocupação com o tamanho da saia das mulheres, o cumprimento do cabelo e por aí vai as loucuras impensáveis para nós hoje em dia. Hoje a preocupação é com o movimento gay. Quase que todas as lideranças eclesiásticas que conheço estão desesperadas por causa do impacto que os homossexuais estão causando na sociedade, de modo que, a igreja de um modo geral se sente ameaçada e iniciou uma nova “caça as bruxas”.
Evidentemente, não concordo com o pecado, contudo, tenho convicção que não é por ser cristão que tenho que ser inimigo de alguém que tem uma opção sexual diferente, pelo contrário, Jesus ia ao encontro de todos independente da classe social, de opções ou de lugares. Jesus ia e o seu amor transformava as pessoas. O problema de hoje em dia, é que nós queremos distância de todos aqueles que taxamos como diferentes. A igreja deve ser um lugar de transformação e liberdade, sua bandeira tem de ser convidar a todos para entrarem em seus templos confiadamente de que o evangelho é poderoso para salvar, de que o Espírito Santo tem poder de verdade para transformar o ser humano. No entanto, estamos fazendo exatamente o oposto, antes mesmo deles se aproximarem nós já os excluímos, fazemos uma espécie de redoma espiritual, na qual os homossexuais não podem adentrar e ficamos confinados como seres especiais dentro da tal redoma para não nos contaminarmos. A questão é que nós deveríamos ser o sal da terra, ou seja, a nós foi dada a incumbência de temperar, de dar sabor à vida, nós devemos oferecer o evangelho como alimento à alma de todos quantos desejam e necessitam da graça. A igreja deve apenas pregar a Cruz e ajudar o indivíduo a caminhar, pois, o Espírito Santo ainda hoje fala e creio que todo aquele que ouviu a Voz do Chamado para crer deve crescer e se entender com Aquele que o chamou e não comigo ou com alguma denominação. Ninguém está apto para julgar a alma de outrem, e muito menos afastar do convívio cristão alguém que seja “diferente”. A Graça de Deus não gera libertinagem nunca. E se alguém não se ajudar e não for ajudado na Graça do Espírito do Evangelho de Cristo não o será por mais ninguém e por nenhum outro poder da Terra.
Estamos constantemente em espírito de inimizade, afastando quando deveríamos atrair, constrangendo quando deveríamos acolher. A proposta do evangelho é outra, a palavra de Jesus continua a mesma: “Vinde a mim todos...”
O evangelho é O Caminho que faz com que o ser humano tenha a imagem de Cristo. Mas como ocorre esta mudança? Deus nos ama do jeito que somos, mas não nos deixa da mesma maneira. Ele quer que sejamos como Jesus. De modo que, Ele é quem salva, ele é quem liberta, Ele é quem transforma. Um dia fomos amados e perdoados, por que hoje nós recusamos a amar e perdoar?
Portanto, o lugar de todos inclusive os homossexuais é a igreja, é lá que eles devem ser acolhidos e aceitos para experimentarem a verdade transformadora do evangelho.
O amor se manifesta em ação.
Por,
Ulisses Juliano
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
EM QUE NOS PARECEMOS COM LÚCIFER?
A pior parte do pensamento religioso é se apropriar das nossas melhores ambições e as utilizar contra nós. Em determinadas circunstâncias, as pessoas que estão tentando ser mais leais a Deus, na verdade, se tornam mais escravas dos próprios apetites e desejos. Foi exatamente o que aconteceu com Lúcifer. O mal tem caras diferentes, mas é essencialmente o mesmo, anjos e homens rebelados não passam de criaturas em revolta contra Deus. E, em ambos os casos, a atitude de enfrentar a Deus nasce da mesma fonte que é o desejo de autonomia em relação ao Eterno.
Lúcifer queria ser como Deus, o que é exatamente o que Deus quer para nós, essa é a proposta do evangelho, sermos imagem e semelhança dEle. O anjo de luz não desejava lutar contra Deus, entretanto, desejou o brilho da glória de Deus pela glorificação de seu ego. Isso ocorre todos os dias em quase todos os lugares, especialmente nos ambientes religiosos onde há pessoas que se sentem divinamente elevadas, moralmente formosas, perfeitas em conduta, exaltadas no status da fé, insaciáveis em suas ambições religiosas, e pretensamente possuidoras de todas as revelações de Deus. Essas eram as características de Lúcifer, leia depois o capítulo 28 do livro do profeta Ezequiel.
Paulo sempre viu três caminhos nessa vida, quando a maioria de nós apenas reconhece dois. Tendemos a pensar nossas vidas como uma escolha básica entre fazer o mal e fazer o bem, vivemos constantemente entre esses dois pólos. Não obstante, Paulo via dois modos distintos de se exercer o bem: um nos faz se esforçar, oferecer nosso melhor, e fazer tudo quanto for necessário para nos submetermos às leis de Deus. Essa é a opção que a maioria escolhe, contudo, todos que escolhem assim falham sempre, inclusive Paulo. Mesmo quando se descrevia como seguidor de todas as leis de Deus externamente Paulo fomentava ódio e ira em seu coração. Ele usou a sua fé e sua religião para adaptar seu comportamento externo de maneira a acatar as leis, mas isso somente aprofundava ainda mais seus problemas. Sua intensidade em fazer o que era lícito de acordo às suas forças, fez com que ele perseguisse e assassinasse os cristãos em nome de Deus. Compreende o paradoxo?
Mas, Paulo nos ensina que o outro modo de viver com Deus é que todas as nossas falhas resultam do fato de não confiarmos a Deus a tarefa de cuidar de nós. À medida que Paulo foi se relacionando com o Eterno, descobriu que podia confiar no Seu amor por ele. Quanto mais confiava no amor de Deus, mais liberto se via dos desejos que o consumiam, até concluir que tudo cooperava para o seu bem. Portanto, não era por qualquer tipo de força que ele haveria de se tornar semelhante a Cristo, mas apenas experimentar viver pela fé, ou seja, viver com a convicção que o trabalho é dEle e o nosso trabalho é descansar nEle. Nós somos as ovelhas e é Deus o Bom Pastor, vejo constantemente várias pessoas tentando inverter os papéis, é um absurdo a ovelha pensar que pode ensinar, guiar, ou ajudar o Pastor. Estamos aqui para viver a graça do evangelho e Ele só quer que vivamos a vida de forma a concluí-la na perspectiva de uma existência que honrou a Ele, é preciso dedicá-la ao único Deus, que É para todo o sempre.
O evangelho nos constrange a viver na fé que serve para o nosso hoje e garante-nos eternamente. Isso não vem de nós, ninguém pode produzir essa fé. É uma dádiva, um carinho, um presente dEle a nós, portanto, a fé não precisa ser imensa, precisa ser experimentável diariamente com suficiência para preencher as frestas abertas pelas incertezas, inseguranças, duvidas e medos, esta fé que nos ampara em cada dia, pois, todos os dias estamos nas mãos dEle.
Se assim for, seremos tal como Ele é, pois, é assim que é o evangelho.
Por, Ulisses Juliano
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
BRINCADEIRA DE GENTE GRANDE
Qualquer homem quer uma mulher legal, inteligente, sexy, bonita e bem versada. Ficamos com ela uma vez, duas e inicia-se uma relação estável. Buscamos ela na faculdade, vamos ao cinema juntos, apresentamos aos amigos, compramos pequenos presentes... tudo básico, até virar uma rotina sem graça.
É inexplicável que de uma hora para outra ficamos com inveja daqueles caras que estão solteiros, bem humorados, indo para a noite, sem nenhuma responsabilidade ou envolvido com um relacionamento sério. Sentimos falta de dar aquelas cantadas infalíveis, das trocas de olhares, da dança, do clima de caça e das conquistas.
A cabeça nesse momento está um turbilhão, daí pensamos que não estamos pronto para mantermos um relacionamento para o resto da vida, não agora, somos tão jovens, há tantas coisas para se descobrir, para se experimentar e nesse momento aquela garota perfeita, pela qual procurávamos e estávamos apaixonados se transforma numa mala e aos poucos vamos permitindo que surja uma aversão a ela e quando você menos espera não está mais com vontade de atender as chamadas dela, não se sente à vontade em sua companhia e começamos a ser grossos, arrogantes e a pobre mulher começa a se questionar onde falhou.
Ela não falhou em nada, o problema é justamente esse, nós é quem somos falhos, perversos e simplesmente abandonamos o relacionamento para voltar a velha vida que até a alguns meses atrás odiávamos. Não vemos a hora de se desvenciliar do relacionamento e arrasar, sair com todas quantas pudermos.
Ilusão.
Chegamos em casa depois de um encontro e percebemos que por mais mulheres que temos disponíveis, estamos sozinhos e insatisfeitos. Voltamos a pensar em como era bom simplesmente deitar no colo de nossa namorada, de assistir um filme juntos, de uma conversa simples e despretenciosa, percebemos que os defeitos dela eram todos superáveis e que ela nos dava valor e nos respeitava.
Enquanto isso, a mulher dos nossos sonhos ainda tenta entender o que aconteceu para a deixarmos para trás, está chateada, infeliz e essa angústia se transforma em raiva. Ela se acha infantil, se sente deslocada e resolve mudar, se adaptar a esse mundo e sai agora apenas para curtir outros caras, resolve não mais se envolver para não sofrer e assim nós transformamos aquela garota perfeita em uma monstra.
Em contra partida, nos arrependemos e queremos novamente ter um relacionamento sério e maduro, mas por incrível que nos pareça as mulheres só querem homens cafajestes, não querem se relacionar, se envolver, apenas curtir loucamente a vida.
A mulher da noite de hoje era a nossa ex-boa menina e está fazendo com outros homens exatamente o que fizemos a elas. Nós a perdemos, ela se perdeu, todos perdem, pois, não há vencedores nessa brincadeira de gente grande.
Por, Ulisses Juliano
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
“... Sem tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em lugares onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte...
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa.”
(Rubem Alves)
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
TÁS A VER - Gabriel Pensador
Tás a ver o que eu estou a ver?
Tás a ver estás a perceber?
Tás a ouvir o que eu estou a dizer?
Tás a ouvir estás a perceber?
Eu tenho visto tanta coisa nesse meu caminho
Nessa nossa trilha que eu não ando sozinho
Tenho visto tanta coisa tanta cena
Mais empaquitante do que qualquer filme de cinema
E se milhares de filmes não traduzem nem reproduzem
A amplitude do que eu tenho visto
Não vou mentir pra mim mesmo acreditando
Que uma música é capaz de expressar tudo isso
Não vou mentir pra mim mesmo acreditando
Mas eu preciso acreditar na comunicação
Mas eu preciso acreditar na...
Não há melhor antídoto pra solidão
E é por isso que eu não fico satisfeito
Em sentir o que eu sinto
Se o que eu sinto fica só no meu peito
Por mas que eu seja egoísta
Aprendi a dividir as emoções e os seus efeitos
Sei que o mundo é um novelo uma só corrente
Posso vê-lo por seus belos elos transparentes
Mudam cores e valores mas tá tudo junto
Por mas que eu saiba eu ainda pergunto
Tás a ver a vida como ela é?
Tás a ver a vida como tem que ser?
Tás a ver a vida como agente quer?
Tás a ver a vida pra gente viver?
Nossa vida é feita
De pequenos nadas
Tás a ver a linha do horizonte?
A levitar, a evitar que o céu se desmonte
Foi seguindo essa linha que notei que o mar
Na verdade é uma ponte
Atravessei e fui a outros litorais
E no começo eu reparei nas diferenças
Mas com o tempo eu percebi
E cada vez percebo mais
Como as vidas são iguais
Muito mais do que se pensa
Mudam as caras
Mas todas podem ter as mesmas expressões
Mudam as línguas mas todas têm
Suas palavras carinhosas e os seus calões
As orações e os deuses também variam
Mas o alívio que eles trazem vem do mesmo lugar
Mudam os olhos e tudo que eles olham
Mas quando molham todos olham com o mesmo olhar
Seja onde for uma lágrima de dor
Tem apenas um sabor e uma única aparência
A palavra saudade só existe em português
Mas nunca faltam nomes se o assunto é ausência
A solidão apavora mas a nova amizade encoraja
E é por isso que agente viaja
Procurando um reencontro uma descoberta
Que compense a nossa mas recente despedida
Nosso peito muitas às vezes aperta
Nossa rota é incerta
Mas o que não incerto na vida?
Tás a ver a vida como ela é?
Tás a ver a vida como tem que ser?
Tás a ver a vida como agente quer?
Tás a ver a vida pra gente viver?
Nossa vida é feita
De pequenos nadas
A vida é feita de pequenos nadas
Que agente saboreia, mas não dá valor
Um pensamento, uma palavra, uma risada
Uma noite enluarada ou um sol a se pôr
Um bom dia, um boa tarde, um por favor
Simpatia é quase amor
Uma luz acendendo, uma barriga crescendo
Uma criança nascendo, obrigado senhor
Seja lá quem for o senhor
Seja lá quem for a senhora
A quem quiser me ouvir e a mim mesmo
Preciso dizer tudo que eu estou dizendo agora
Preciso acreditar na comunicação
Não há melhor antídoto pra solidão
E é por isso que eu não fico satisfeito em sentir o que eu sinto
Se o que sinto fica só no meu peito
Por mais que eu seja egoísta
Aprendi a dividi minhas derrotas e minhas conquistas
Nada disso me pertence
É tudo temporário no tapete voador do calendário
Já que temos forças pra somar e dividir
Enquanto estivermos aqui
Se me ouvires cantando, canta comigo
Se me vires chorando, sorri
Tás a ver a vida como ela é?
Tás a ver a vida como tem que ser?
Tás a ver a vida como agente quer?
Tás a ver a vida pra gente viver?
Nossa vida é feita
De pequenos nadas
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
RESPOSTA A STEPHEN HAWKING SOBRE DEUS E A CRIAÇÃO DO UNIVERSO
"Stephen Hawking descarta papel de Deus na criação do Universo"
Esta foi e será a notícia da semana e do mês, até acontecer algo que chame mais atenção. A questão é que o cientista britânico está errado. Simples assim. E digo errado porque nada nem ninguém tem o poder de criar, este poder só Deus detém, portanto, Lavosier estava certo ao afirmar que "nada se cria, tudo se transforma." E digo isso com a convicção de que houve o "big-bang", entretanto, antes do mesmo houve uma participação interventiva de Deus, pois, é impossível que o nada possa criar, na verdade o Universo muda, adapta-se, transforma-se.
Em The Great Design ("O Grande Projeto", em tradução livre), que teve trechos publicados nesta quinta-feira pelo jornal britânico The Times, Hawking afirma que "devido à existência de uma lei como a da gravidade, o Universo pode e vai criar a si mesmo do nada". Entretanto, em seu livro Uma Breve História do Tempo, publicado em 1988, o cientista sugere que a idéia de uma criação divina seria compatível com uma compreensão científica do Universo, ele chega a enfatizar que "se nós descobrirmos uma teoria completa, será o triunfo definitivo da razão humana - pois então nós deveremos conhecer a mente de Deus".
O que significa isso tudo?
É simples, o homem deseja ser Deus. É um vírus que tomou a Lúcifer e foi transmitido aos seres humanos, a cada dia queremos ter o poder, poder para prescrutar tudo, compreender, descobrir, criar, destruir, revelar, dissecar, observar, interferir, provar... Desejamos ser eternos, queremos ter o passado e o futuro nas mãos, conhecedores do bem e do mal, essa é a síndrome de Lúcifer. Entretanto, somos tão símplices que para exemplificar utilizo o oxigênio, sem o qual, todos sabemos que não se vive, entretanto, é também aquele que nos mata, visto que é pela exposição a ele que nossas células acabam por envelhecer e morrer.
Poderia falar aqui sobre a teoria das cordas, a física quântica, a expansão do cosmos, os buracos negros e tantas outras concepções físicas, entretanto, quero apenas salientar que todos os teóricos físicos respeitados acreditam que a equação do Universo haverá de ser definida numa só e única realidade, eles denominam essa equação de “a teoria de tudo”.
O apóstolo João afirma que "no princípio era o Verbo; e Verbo estava com Deus; e o Verbo era Deus.Ele estava no principio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele."a
O que isso prova? Ora, antes que tudo viesse a existir, só havia Deus. No princípio só havia a Presença de Deus em toda parte, em toda imensidão do infinito. Jesus é a “teoria de tudo”! Ele é a resposta, a chave, a pedra fundamental, tudo está nEle, inclusive a existência.
Hawking não é meu inimigo ou dos cristãos. Todavia, lamento que a ele foi oferecido o "fruto proibido" e ele comeu e se lambuzou. Contudo, Hawking nunca esteve em briga com Deus. Apenas, como um homem de ciência, deseja entender. Os cristãos, que tentam fazer da Bíblia um manual de “ciências”, e não vivem tal como deveriam viver, ou seja, pela fé, cometem o crime de tornar anátema aquilo que não entendem e nem tem cabeça isenta para refletir em paz a fim de compreender.
Jesus disse certa vez que seu Pai trabalhava até aquela hora, ou seja, Deus não só é O criador, como também continua criando eternamente, afinal, de eternidade à eternidade Ele É.
a João 1:1-2 ; Colocensses 1:16-17
Por, Ulisses Juliano
terça-feira, 31 de agosto de 2010
NINGUÉM DEVE SER DONO DO PRÓPRIO DESTINO
Essa não é uma máxima negativa, pelo contrário, ela é extremamente positiva se analisada sob a óptica do evangelho. Todos nós em determinado momento da vida seremos vitimados pela intolerância de alguém incompreensível, ou por estar inserido numa cultura com tradições absurdamente distorcidas, ou ainda por conviver com seres humanos inescrupulosos e mercenários em todos os sentidos. Não ser dono do seu próprio destino não significa inércia apática, estes vivem isolando-se, não pedem quase nada da vida, não incomodam, não deixam transparecer as angústias de suas almas e isso gera o desespero.
Kierkegaard escreveu em 1849, "O Desespero Humano". Nesta obra, o filósofo procura refletir sobre o significado dos desesperos e como podemos lidar com eles de uma maneira otimizada para a nossa existência. Ele questiona se o desespero advém exclusivamente de acontecimentos externos ou se os nossos desejos desenfreados se transformam em ordem existencial para nossa felicidade. Essa é a situação de quem acha que pode ser dono do próprio destino.
Não era para ser assim.
O que quero dizer com tudo isso?
Quero que você entenda o que Jesus diz: "O vento sopra onde quer, e tu ouves a sua voz, mas não sabes nem de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito."
Isso significa confiança, implica relacionamento diário sério e maduro. De tal modo que, nossas preocupações deixam de ser o imediato e passam a ser naquilo que repercutirá na eternidade, visto que, não somos mais nós que vivemos, Cristo vive através de nós. Nessa conjuntura alcançaremos a estatura de ter o domínio próprio e decidir o que é felicidade para nós, para quem amamos e não viver de acordo a determinações externas sendo sempre configurado para agradar, para satisfazer algum sistema ou organização seja ela qual for e em qualquer escala.
A questão é deixar de apenas ler essas passagens e trazê-las para nossa existência, para o chão da vida e viver como quem vive no vento, guiado, entregue totalmente à vontade dEle, experimentando as sutilezas da existência confiante de que o meu destino está sendo traçado por Ele e tudo o que eu tenho que fazer é pegar minha cruz e seguir. Jesus explicou a Nicodemos que é necessário fazer uma espécie de "travessia", abandonar o "velho homem" e nascer para viver no Espírito entregando ao Vento o seu futuro, os seus sonhos, os seus planos, o seu destino, ou seja, você reconhece que os pensamentos dEle são maiores do que os teus, que os planos dEle são melhores. Isso muda tudo! Muda como se encara os problemas, muda o modo de se relacionar com os próximos, muda o presente, muda o destino não pela própria força, mas pela graça que se manifesta no dia a dia.
Fernando Pessoa escreveu certa vez "Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."
É assim que é.
Por, Ulisses Juliano
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segunda-feira, 16 de agosto de 2010
PARA QUEM DESEJA TER SEGURANÇA ESPIRITUAL
Uma arquitetura do pensamento de Paulo sobre o viver com segurança em Cristo.
Ele a faz sem deixar nada do que fosse relevante - tanto à fé quanto à realidade -, de fora de sua analise.
"Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.
Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, na carne condenou o pecado, para que a justa exigência da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.
Pois os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser; e os que estão na carne não podem agradar a Deus.
Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Ora, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça. E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo Jesus há de vivificar também os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita. Portanto, irmãos, somos devedores, não à carne para vivermos segundo a carne; porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.
Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.
Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes com temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai! O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus; e, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.
Pois tenho para mim que as aflições deste tempo presente não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada. Porque a criação aguarda com ardente expectativa a revelação dos filhos de Deus. Porquanto a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que também a própria criação há de ser liberta do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, conjuntamente, geme e está com dores de parto até agora; e não só ela, mas até nós, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, aguardando a nossa adoração, a saber, a redenção do nosso corpo.
Porque na esperança fomos salvos. Ora, a esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos. Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que esquadrinha os corações sabe qual é a intenção do Espírito: que ele, segundo a vontade de Deus, intercede pelos santos. E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos; e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou.
Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica; Quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós; quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor."
Carta de Paulo aos Romanos, capítulo 8.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
DEUS ESTÁ MORTO! NIETZSCHE ESTAVA CERTO
"A Oração ao Deus Desconhecido [Friedrich Nietzsche]
Traduzido por Leonardo Boff
Antes de prosseguir em meu caminho e lançar o meu olhar para frente uma vez mais, elevo, só, minhas mãos a Ti na direção de quem eu fujo.
A Ti, das profundezas de meu coração, tenho dedicado altares festivos para que, em Cada momento, Tua voz me pudesse chamar.
Sobre esses altares estão gravadas em fogo estas palavras:
"Ao Deus desconhecido”.
Seu, sou eu, embora até o presente tenha me associado aos sacrílegos.
Seu, sou eu, não obstante os laços que me puxam para o abismo.
Mesmo querendo fugir, sinto-me forçado a servi-lo.
Eu quero Te conhecer, desconhecido.
Tu, que me penetras a alma e, qual turbilhão, invades a minha vida.
Tu, o incompreensível, mas meu semelhante, quero Te conhecer, quero servir só a Ti."
Todos sabem da famosa citação de Nietzsche: "God is dead!"
Após ler essa oração do filósofo, compreendi que o “Deus” que para Nietzsche morreu foi o “Deus” que já nasceu morto: o “Deus” da religião.
O “Deus” que Nietzsche quis matar tem que morrer mesmo!
Os sacrilégios, as blasfêmias, as irreverências, os grandes templos, as mentiras, as manipulações, as barganhas proferidas em nome de "Deus", são na verdade atuações diabólicas dentro da igreja. Visto que, Deus nunca compactuou com estas atitudes humanas, nunca se sujeitou à vontade humana, até porque Ele fala que "os Seus caminhos não são os nossos caminhos".
Como o apóstolo Paulo nos diz, a Lei, a religião é apenas o "aio" - escravo responsável por levar os filhos dos patrões a determinados lugares -. Entretanto, tenho visto que as manifestações religiosas não querem levar o homem a Deus, pelo contrário, cada uma cria a sua própria divindade que é superior a de outras e assim vários "Jesus" são adorados e idolatrados, sem que o homem ao menos tenha algum relacionamento com Ele.
A maioria das coisas que afirmamos sobre Deus, nada tem a ver com Deus mesmo, mas apenas com nossa pessoal ‘construção de Deus’, tem a ver com o "Deus" de sua confecção psicológica. Esse "Deus não existe", não é o Deus da Palavra. O Deus que se revela através de Jesus conhece sua história, todos os momentos de pecado, de vergonha e de desonestidade que macula seu passado. Sabe que agora neste momento você está com uma fé superficial, uma vida de oração medíocre e não segue a Ele como deveria. Entretanto, Ele está sempre te desafiando a confiar que te ama do jeito que você é, e não do jeito que deveria ser.
Ulisses Juliano
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
LEI DA FICHA LIMPA É UM RISCO
Políticos corruptos são sempre ameaças aos cofres públicos e ao Estado de Direito. É sabido que são nocivos ao sistema e percebemos a cada dia que são criativos em perverter. Entretanto, como qualquer outro cidadão a eles cabem todos os direitos e os deveres prescritos em nossa constituição. Não obstante, a Lei Complementar 135 “Ficha Limpa”, está promovendo sentença condenatória retroativa. Ou seja, o cidadão antes de trânsito em julgado, é condenado.
Por mais que pareça extremamente interessante a impugnação da candidatura do governador Joaquim Roriz, abre-se um precedente nesse fato, visto que, a lei é posterior a sua decisão de renúncia ao Senado (04/07/2007). Naquela conjuntura era direito de todo e qualquer parlamentar renunciar por qualquer motivo que desejasse, portanto, ser condenado agora é aplicar uma pena que retroage para punir. Uma Lei não pode prejudicar os cidadãos no exercício de seus direitos, pois, se assim for, não há estabilidade e por conseguinte, gera-se a incerteza nas relações jurídicas instaurando o caos.
Um exemplo simples para que fique bem claro a situação: Uma lei é publicada hoje aferindo que nenhuma mulher com o cabelo vermelho possa exercer um cargo público. Veja bem, essa Lei não pode atingir àquelas que já haviam pintado o cabelo antes da data da publicação da Lei, ou àquelas que naturalmente possuem cabelos vermelhos, visto que, elas tinham todo o direito de pintá-los ou mantê-los assim antes de tal regramento. A partir da data da publicação é totalmente aceitável que esse requisito seja respeitado. Com esse exemplo simples talvez seja mais claro entender o que aconteceu com a LCP 135. Ela foi interpretada pelo TSE para atingir a todos os que possam ser relacionados em seu texto mesmo antes de sua publicação, ou seja, não há como coadunar com nossa Constituição, é retroagir para punir de forma arbitrária e sumária. Concordo com o ex Ministro do STF Dr. Eros Grau, quando diz: "Estou convencido de que a Lei Complementar 135 é francamente, deslavadamente inconstitucional."
Veja bem, não sou favorável à candidatura de Joaquim Roriz, e por mais que deseje que ele não seja eleito, não posso confundir as coisas. Mesmo que os propósitos sejam bons, o princípio constitucional não pode ser ferido, pois, como me afirmou o Dr. Alexandre Budib, professor de Direito Civil "se aceito que a Lei seja relaxada para punir maus elementos – que é o caso dos “fichas sujas” –, cria-se o precedente que justificará o relaxamento da mesma Lei para punir também os bons."
Essa interpretação do TSE é absurda e inconstitucional. É preciso pensar em todas as possibilidades jurídicas que desta lacuna na Constituição podem advir, mesmo porque a abrangência desta Lei pode e irá abrir precedentes para novas interpretações e outros princípios podem ser feridos. Não se pode trabalhar com exceções, a Carta Magna nos diz que para se punir alguém todo o rito processual deve ser observado.
Concluo com uma citação de Maria Helena Diniz: "O princípio da irretroatividade tanto se aplica ao julgador quanto ao legislador e esta é a regra, no silêncio da lei; entretanto poderá retroagir, se estiver expressa e não ferir direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada."
Por, Ulisses Juliano
sábado, 7 de agosto de 2010
PARA QUEM DESEJA DESEJA SER O MELHOR
Sonhos, planos, projetos, desejos e sucesso. Esse é o script de muitas vidas. Queremos ser notados e reconhecidos por nosso árduo empenho e em prol de nossos projetos vivemos uma vida vazia, focada no futuro, no que há de vir, no amanhã. Sempre querendo estar na frente, desejando constantemente aparecer.
Mel silvestre e gafanhotos, este era o menu para o maior profeta de todos os tempos. E este (João Batista), tinha uma frase simples: “importa que Ele cresça e que eu diminua!”
É interessante como hoje pervertemos as coisas, como queremos crescer para fazer Ele aparecer, como queremos ajudar o Espírito Santo a realizar aquilo que somente Ele tem condições de fazer. Intentamos preparar uma mensagem para sacudir a igreja, desejamos cantar para salvar milhões de pessoas, fundar um novo estilo de evangelhismo e criar, desenvolver, produzir para que as pessoas nos vejam e em nos vendo creiam em "nosso" evangelho. Desta forma, iniciamos uma vida ministerial focada no que nós podemos produzir, no que nós precisamos fazer para que o reino de Deus seja anunciado. Para isso temos que ser os melhores em tudo, nosso ministério tem que ser intocável, nossa palavra impecável, nossos cânticos sublimes.
Enquanto vivemos nessa turbulência psicológica, Jesus simplesmente nos diz: “e quem quiser ser o primeiro entre vós, será vosso servo;” Por mais que nosso desejo seja sincero, a obra é dEle e Ele fará do jeito que lhe apraz, sem nos perguntar, sem dar nos dar satisfação, simplesmente tudo acontecerá de acordo a vontade dEle, até porque "os Seus caminhos, não são os nossos caminhos." Em muitos momentos, pensamos que Ele está perdendo a batalha, que não está no controle, que temos que fazer algo para ajudar, entretanto, o evangelho nos coloca num paradoxo, no qual o fraco é que é forte, quando o que não é se torna, onde o menor se torna o maior e o último é mais importante do que o primeiro. Não há uma lógica-lógica na graça, é simples assim.
Tudo se dá porque a vontade dEle é soberana, portanto, não há espaço para explicações, não cabe nos intentos dEle hermenêuticas, simplesmente porque Ele não é convencional, Ele decide abrir uma porta onde não há portas, Ele cria, produz do nada e faz com que tudo se mantenha nEle, pois, O Caminho é Ele e tudo acontece nEle, para Ele e por Ele.
Portanto, “entregue seu caminho ao Senhor, confia nEle e Ele agirá.” Deus nos convida não a uma parceria, mas a um relacionamento, onde é Ele quem deve ser glorificado, notado, sentido, almejado e não nosso ministério, não nossos frutos, não nossas realizações. Somente assim entenderemos que “tudo coopera para o bem daqueles que O amam. Daqueles que são chamados segundo o Seu propósito.”
quinta-feira, 29 de julho de 2010
A FÉ QUE NÃO MOVE MONTANHAS
Muito maior do que operar milagres, mover montanhas, aumentar a conta bancária, proporcionar maravilhas e curas. Deus nos convida a desenvolver uma fé na qual nós possamos nos sustentar. Uma fé que independente das intempéries da vida, não retrocede. Uma fé que nos leva através dos picos e dos vales e nos mostra a completude do evangelho. A fé da qual estou falando é superior a fé que vê vida na morte, provisão na necessidade, água no deserto. Esta fé não busca conquista, ao contrário, ela faz com que você se entregue, se doe, se renda, que se permita ser guiado pelo Espírito Santo.
Jesus avisou que há muitas pessoas que o seguem por causa das manifestações espirituais de curas, de milagres e de maravilhas, em determinado momento ele até se indignou porque a mensagem do evangelho é que o maior milagre é uma vida transformada. É preciso entender que ter fé, quando não há milagres, é um milagre maior do que ter fé para operar milagres.
A fé é o alimento que nutri e fortalece o nosso espírito. Ela aproxima o homem de Deus. A fé não retrocede porque seguir Jesus é um caminho sem volta. Avançar é a única alternativa viável, porque "esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação em Cristo Jesus".
Compare sua vida com o evangelho e veja se há essa fé em você. Abraão experimentou essa fé, ele apenas confiava que onde quer que estivesse Deus o abençoaria. Isto certamente não torna a existência mais fácil, mas com certeza conduz ao lugar onde todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. Afinal, eu não sei, mas Ele sabe por mim; eu não vejo, mas Ele vê por mim.
Esse tipo de fé não irá mover montanhas, mas mudará sua vida!
Confira na sua bíblia: Hebreus 10:32-39.
Ulisses Juliano
terça-feira, 27 de julho de 2010
EU SEI, MAS NÃO DEVIA
Por: Marina Colasanti
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
O texto acima foi extraído do livro "Eu sei, mas não devia", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pág. 09.
O QUE VAZA EM SUA VIDA?
Aos 14 anos ela descobre sua feminilidade e se percebe mulher capaz de procriar. Entretanto, aquela circunstância deixa de ser um momento e se torna uma constante. A menstruação não para e se transforma em uma hemorragia que perdura por 12 anos. Numa sociedade extremamente machista, com leis rígidas relacionadas à mulher, ela se percebe vazando. Tudo nela vaza, o sangue, a saúde, a sociedade, a juventude, os relacionamentos, os anos, os sonhos, a vida. Sem remédios suficientes ou médicos competentes ela gasta tudo o que tem em tentativas vãs de sarar, de estancar aquele vazamento.
Até que ela ouve falar de um homem que cura. Imediatamente ela quebra todos os protocolos arriscando a própria vida para se aproximar dele no meio de uma multidão. Não obstante, ela entendeu que aquela era sua única opção, portanto, toda sua esperança ela dedicou àquele momento e rompeu toda uma multidão para tocar nas vestes de Cristo.
A cura surge tão instantânea como antes havia iniciado a hemorragia e Jesus a convida para estar frente a frente com Ele e a parabeniza por sua fé.
Nessa pequena história, percebo alguns pontos cruciais:
Avalio que todos temos algum tipo de “vazamento” e que se faz necessário que percebamos onde está vazando em nossa vida;
Vejo que há muitas pessoas que andam perto de Jesus, mas poucos o tocam;
Enxergo que a fé supera quaisquer adversidades;
Percebo que não é necessário ritual;
Noto que quem toca Jesus é conhecido por Ele;
Fico admirado que Deus nunca olha para multidões, Ele se interessa por toques de intimidade, de fé.
Por fim, Jesus olha nos olhos dela e diz: "Filha, a tua fé te salvou. vai-te em paz, e fica livre do teu mal."
Leia Marcos 5:25-34
Ulisses Juliano
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quinta-feira, 8 de julho de 2010
segunda-feira, 31 de maio de 2010
QUANDO DEUS NÃO FAZ SENTIDO
Muitas vezes pensamos que somos fortes, acreditamos na nossa popularidade e confiamos em nós mesmos. Percebemos então que somos superiores e que nossos sonhos são singulares. Sorrimos e felicitamos a nossa bela vida.
Repentinamente, surge um problema, uma dificuldade, algo fora de nosso roteiro.
Os nossos sonhos agora parecem inatingíveis, as lágrimas ofuscam nossos risos e entendemos que não somos tão fortes como queríamos.
Em muitos momentos de nossas vidas não queremos olhar para frente, simplesmente por medo de não alcançar o almejado. Olhamos para os céus e perguntamos com o coração cortado se Deus se esqueceu de nós, ás vezes Ele não responde e, nós não entendemos, queremos de todas as formas mudar a nossa situação.
Não aceito Senhor!
Não quero isto para mim!
Acabe com este meu sofrimento!
Cadê minhas promessas? E as profecias? O que faço com elas?
Lágrimas.
Paulo. Um homem culto e influente. Detinha o respeito e admiração dos líderes de Israel. Cumpridor da lei e leal ao seu Deus, cidadão romano, fluente em vários idiomas e bem quisto em toda a sociedade. Em suas mãos uma carta branca para prender ou matar.
Uma luz, uma queda, e o cavalo não têm mais seu cavaleiro. Três dias em completa escuridão.
Aqueles a quem antes ele perseguia agora oravam com e por ele.
Nesses três dias Paulo relembra cada palavra, e tenta discernir o que presenciou naqueles instantes em que ele percebeu que estava matando os filhos de Deus, os escolhidos.
Uma oração e Ananias observa a alegria irradiar dos olhos de Paulo, ele estava vendo novamente.
“Vou pregar, vou levar o evangelho a todas nações, vidas vão ser salvas e restauradas. Deus vai comigo, Ele me prometeu ao me escolher!”
Um mês depois Paulo estava preso. Vendo o sol raiar por entre as barras de ferro Paulo não entendia. Agora ele era um pária, vivia como um fora da lei, fugitivo e perseguido em várias localidades. Deus mais uma vez não estava fazendo nenhum sentido.
Será?
Paulo se tornou o maior missionário de todos os tempos. Suas cartas se tornaram o credo do cristianismo, sendo que as mais profundas ele escreveu em celas vazias, úmidas e sombrias. No meio da solidão ele aprendeu que só o Senhor é Deus. Na prisão Paulo percebeu que não era tão forte assim, sentiu na pele que suas influências não podiam fazer nada por ele.
Assim ele mudou seus planos, alterou seus sonhos e reconheceu a sua total dependência da graça de Deus, “quando estou fraco, então estou forte!”.
Deus não precisa ser compreendido. Ele não vive dentro de uma lógica física de ação e reação ou qualquer racionalização do gênero. Nossos preceitos e padrões não O comportam. Tudo o que sabemos é que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que O amam”.
Portanto, viva Sua bondade, viva o evangelho e não se perca procurando sentido naquilo que está alicerçado no Eterno.
Se permita ser guiado, ser amado incondicionalmente.
Ulisses Juliano
quarta-feira, 26 de maio de 2010
PARA QUEM BRINCA DE RELATIVIZAR E GOSTA DE PERVERTER
“Ai dos que chamam ao mal bem e ao bem, mal, que fazem das trevas luz e da luz, trevas, do amargo, doce e do doce, amargo! Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos e inteligentes em sua própria opinião!” (Isaías 5. 20-21)
A perversão é um dos grandes problemas que acontece nos mais diversos relacionamentos. Temos uma tendência natural a perverter qualquer coisa, as vezes pelo simples prazer da mudança, do diferente, do estranho. Os relacionamentos passam a ter uma conotação extremamente causalista, visto que, estamos manipulando as emoções, os momentos, as circunstâncias, transformando, carinho em obrigação, afeto em produto de troca, transacionamos o tempo e a atenção, e condicionamos o amor ao erotismo.
Os relacionamento, tornam-se, portanto, fruto desses engendramentos e o que vem disso é perversão, é mentira, é desvio.
No mundo espiritual também há essa possibilidade e é nesse ponto que as coisas tomam proporções emblemáticas. Há aqueles que se entendem como sábios e inteligentes a tal ponto que se permitem modificar ou barganhar com o sagrado, com O Eterno. Tratam o bem, a luz, o mel, o santo, o puro como mal, rejeitam e se afastam. É quando o “sim” e o “não” perdem a eficácia, se transformam em necessidades circunstanciais e são totalmente relativizados. Andam nas trevas como se estivessem iluminados, tomam o doce como algo profano e se deliciam com o amargo. Perdem o referencial, não há mais em que focar, não há alvo, não há objetivo, não há caminho, pois tudo torna-se relativo à sua própria opinião.
É preciso tomar cuidado com as intervenções que fazemos, peço sempre a Deus que me dê discernimento para compreender aquilo que eu não posso mudar e para me banquetear somente com Sua palavra.
Blaise Pascal assegurou certa vez que “Deus nos criou à Sua semelhança e em retribuição, o homem fez Deus à sua imagem”.
Quem tem ouvidos...
Ulisses Juliano
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