terça-feira, 30 de agosto de 2011

NASCIDO PARA SER AMADO

Ter a consciência de ser nascido de novo, de ser co-herdeiro com Cristo, de se tornar filho do Eterno, é uma dignidade tão grande que não admite quaisquer vinculações com barganhas, culpas, fobias, religiosidades ou qualquer coisa do gênero.


A melhor honra que um filho pode fazer ao Pai é aceitar que é amado, que é desejado, que é querido nos céus. Se essa for a concepção, há isenção, ou seja, nada pode atrelar este filho a outra realidade que não seja a do evangelho, ao chão da graça, ao amor inefável do Pai.
A primeira virtude de um filho é a dependência ao seu Criador, ao seu Pai eterno. Esta dependência precisa ser ensejada de relacionamento íntimo, tempo dedicado, coração sincero e ao mesmo tempo uma vontade imensa de se entregar, de se doar, de partilhar todo esse amor com o qual é sustentado. Essa é a herança, a consciência e a atitude de um verdadeiro adorador.

Se for assim, não há barreiras para se experimentar uma amor absurdamente incalculável.

Nele, que me amou mesmo antes da minha existência.

Ulisses Juliano

domingo, 3 de julho de 2011

COMO PERDOAR QUEM ME ODEIA?

O evangelho é extraordinário!
Porém, poucos realmente o acham atraente e fascinante como Jesus o proclamava. Em nossa capacidade de raciocínio, quando vamos estudando o evangelho percebemos que não há uma lógica-lógica humana. A proposta do evangelho por vezes parece-nos absurda, "amar ao próximo como a ti mesmo", por exemplo, é impensável porque Jesus nos diz que o nosso inimigo também está incluso como nosso próximo.
Todo mundo acha que o perdão é uma idéia adorável, até ter que perdoar alguma coisa que nos feriu de verdade. Não é que as pessoas julgam esta virtude inatingível ou difícil: é que a julgam odiosa e desprezível. Dizem: "como você se sentiria perdoando Hitler, se fosse um judeu?"
A questão não é dizer o que eu faria, porque, quase não faço nada, visto que eu também me incluo no processo do evangelho e preciso muito ainda evoluir. Só procuro dizer o que é o evangelho. Não o inventei e não quero maquiá-lo para que seja mais apresentável.

Como perdoar o nosso inimigo mesmo sabendo que ele continuará me fazendo o mal, me odiando? Como perdoar alguém que não merece? Como viver essa lógica? Há duas coisas que facilitam nosso caminho:
1. Começar com algo mais fácil do que perdoar Hitler: Quando começamos a estudar a matemática, não principiamos com o cálculo integral, mas com a soma, a subtração e assim por diante. Do mesmo modo, se desejamos aprender a perdoar, podemos começar perdoando a quem amamos, como nosso cônjuge, nossos pais, a um amigo de infância. Isso pode ser o nosso início. Mas Deus quer que amemos como a nós mesmos. Como é, exatamente que amo a mim mesmo?
2. Reconhecer em nós as virtudes e as fraquezas: Nem sempre apreciamos tudo o que fazemos e se formos honestos sabemos bem quais são nossas limitações. Da mesma forma, amar ao próximo não significa fazer de conta que, apesar de tudo, eles não são tão ruins, quando é evidente que são. Aplica-se aqui a velha máxima, de que devemos odiar os atos de um homem mau, mas não odiar o homem mau. A questão é: como odiar o que alguém faz, e não odiar a pessoa?
Vivendo o evangelho que nos induz a virar a outra face. O problema é que neste momento, nós queremos fugir em nossa fraqueza e afirmamos que não podemos, que não somos capazes, que temos limitações. Contudo, Jesus inicia o processo fazendo em si a maldição do mundo e aceitando todo o mal acreditando que mesmo assim, dEle poderia sair virtude. (risos) É ou não é uma loucura o evangelho?

Por mais que Deus nos conheça, saiba de nossas verdadeiras intenções, sonda quais são nossas ambições secretas e conhece todos os nossos caminhos, jamais deixou de nos amar.
Temos a tendência de ver com prazer algum tropeço de outrem. Com o pecado do meu inimigo exposto eu posso demonstrar que sou diferente, que sou melhor. Assim desejamos que o preto seja um pouco mais preto e se continuarmos nesse raciocínio, mais tarde, veremos o azul como preto, o amarelo também e assim por diante. Finalmente, se insistirmos nessa disposição, veremos todos, inclusive Deus e a nós mesmos, como maus. Portanto, Deus nos ensina que perdoar não é para quem merece, e sim o contrário. O perdão deve ser liberado justamente para aquele que não tem nenhuma condição de recebê-lo.


O prazo da espera expirou. O Reino de Deus está aí. Mudem de vida! Acreditem nesta Boa Notícia. (Mc 1:15)

Por,
Ulisses Juliano

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O QUE ACONTECE QUANDO ESBARRAMOS EM JESUS?

Lembra-se da mulher do fluxo de sangue?1
Há muitas pessoas que estão como aquela mulher, são vidas que estão vazando.
Tudo é desperdiçado, a infância, a adolescência, a juventude, os sonhos, a energia, a vontade de viver. Algo está drenando, chupando, retirando, subtraindo, enquanto que nós apenas estamos sobrevivendo, convivendo com o sangue que se esvai, com a alegria que não chega, com a dor que permanece, com frustrações.

A questão é que Deus não está olhando para a multidão, Deus não está interessado em milhões que o seguem, pelo contrário, Deus está interessado em você, em você que quer se achegar a Cristo e o tocar.

O encontro real com Jesus gera uma nova criatura. "Deus disse: Haja luz - e esta luz resplandeceu em nossos corações para iluminação da face de Cristo." (2Co 2:5)

O amor de Cristo constrange o homem à entrega. As culpas e os medos já passaram e tudo se fez novo e o resultado é o andar em sinceridade, sem malícia, sem astúcia, completando na vida os sofrimentos de Cristo com a capacidade de viver acima das circunstâncias. O exterior se corrompe enquanto o interior se renova dia após dia, pois, onde abundava o pecado a graça vai minar, brotar, vai superabundar.

Chega uma hora em que não há mais o que sangrar, não há mais recursos, não há mais expectativas, não há mais opções. Não espere esse momento chegar, Jesus nunca vai rejeitar quem se aproxima dEle, independentemente de como você esteja. O importante é que se você O tocar com fé, estanca-se todos os seus vazamentos e esvai de Cristo a graça que te transforma em um novo ser, numa nova criatura.

Esse "toque" se dá quando nós reconhecemos que não é barganhando com Deus, ou ameaçando-O, ou ainda fazendo algum tipo de sacrifício que iremos tocá-Lo, mas sim quando vivemos no "vento" do Espírito. Viver assim significa, estar totalmente a mercê dos direcionamentos dEle, não é mais as nossas necessidades, os nossos medos, as nossas metas que dirigem nosso caminho, mas sim a Palavra, a Verdade, o amor que excede as expectativas, a paz que supera qualquer entendimento, a entrega sem ressalvas, é assim que É, pois, foi assim que Jesus se entregou no calvário.

Quem experimenta o evangelho nunca mais consegue ver a si e ao mundo da mesma forma.

Por,
Ulisses Juliano

1. (Lc 8:43-46)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O QUE É A UMADE?

A União das Mocidades das Assembléias de Deus Edificar é um movimento em movimento constante.
Nos identificamos com o Evangelho de Jesus de Nazaré que é a boa noticia do Reino do Eterno aos seres humanos.
A boa noticia é: O Pai Eterno, em Cristo, reconciliou-se com a humanidade e toda criação.
A UMADE, tem como tarefa anunciar esta boa noticia, relendo o Evangelho e buscando interpreta-lo para o CHÃO DA VIDA que é o palco onde os seguidores de Jesus de Nazaré atuam.



A UMADE é uma família. Não nos reunimos num local fixo, todas as congregações são lugares de encontros. Lugar de adoração. Lugar de quebrantamento. Lugar de edificação. Lugar de plantar a Boa Semente. Lugar de entrega ao Espírito Santo.
O vinculo que há entre nós é a amizade e o amor que brota e cresce entre os que decidem caminhar juntos como irmãos em Cristo.
Nossos encontros são simples, informais, interativos, ecleticos, bem humorados, não obstante, responsáveis, edificantes e espirituais.
Há sempre uma mesa posta, enriquecida com as experiência de cada jovem que traz para que saboreemos juntos qual seja a boa, perfeita e agradável vontade do Senhor.
Eu sou UMADE e você?

Acesse e experimente!
http://blogumade.blogspot.com

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O AMANTE DA MINHA ALMA


“Eu o sustentaria com o trigo mais fino, e o saciaria com o mel que escorre da rocha.” (Sl 81:16)

Asafe é o autor desse salmo, ele me fez perceber a excelência do amor de Deus quando expôs com beleza e simplicidade, como que fazendo cócegas em minha alma, me revelando que esse amor vai além do tempo, pois, “os olhos do Eterno viram meu corpo ainda informe. Os dias que Ele me deu para viver foram todos escritos no Seu livro quando ainda nenhum deles existia.”1

Ele é Senhor de vivos e de mortos, que sou eu para que seja tão amado e desejado nos céus? Me assusto sempre com o amor de Deus. O amor de Deus é uma das poucas realidades que me assustam. E amo esses sustos da graça! Meu Amante é paciente, Ele espera com calma, não se apressa, pois, sabe que seu carinho irá me constranger, de modo que está sempre pronto para manifestar seu amor, agüentando tudo, mesmo as minhas loucuras e devassidões. O Eterno se entrega em amor, em excesso, sem receios, sem limites, sem sujeição ao tempo. Ele apenas me ama e insistem em amar, sem preconceitos ou algum tipo de intolerância, visto que, Ele apenas espera e com calma e mansidão semeando em meu coração a graça da paz que excede qualquer entendimento, me constrangendo a mudar, me moldando a ser melhor.

Dia após dia Suas misericórdias se renovam com generosidade, dando a mim o melhor de Si. O amante da minha alma não faz alardes, não gosta de espetáculos, mas está sempre me surpreendendo graciosamente com sua presença inefável. Ele me revela um amor imensurável, não há lógica, não há barganhas, não há truques, não há testes, de modo que, Seu amor é algo tão profundo e marcante que ignora qualquer recompensa, não há nada que eu possa oferecer, não há um equilíbrio, Ele me ama a ponto de oferecer a própria vida para que eu não sofra. A vontade de Deus nem sempre é a mais gostosa ou a mais fácil de se realizar, entretanto, é a que definitivamente é melhor e me faz bem. Estou orando para que meu Amante seja tudo em mim, para que Ele e não o meu “eu” prevaleça. A cada dia estou me entregando, me libertando de mim.

Não há nada em mim de extraordinário, contudo, essa minha vulnerabilidade expõe que minha estrutura é o pó e que minha natureza é caída. Mesmo assim, a graça do Eterno me constrange a viver e se alimentar da esperança nEle, visto que, Ele é quem supre as minhas necessidades me ensinando como viver pela fé de se estar fundamentado no chão do evangelho, sob a Rocha firme, infalível, imutável, inabalável que me sustém mesmo diante das mais adversas circunstâncias. O apóstolo Paulo assegurou certa vez que “nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor!”2

O Autor de todas as coisas me ama e me deseja. Ainda há tanto a aprender, há tantos mistérios que Ele irá me revelar, há tanto amor para experimentar que eu simplesmente quero ir além da superficialidade e me entregar totalmente a tal ponto de não ser mais eu quem viva, mas que Ele viva através de mim. Minha vocação é ser tal qual a quem tanto me amou, me ama e eternamente me amará, ao Amante da minha alma.

Por, Ulisses Juliano

1. (Sl 139:16)
2. (Rm 8:38-39)