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sábado, 4 de maio de 2013

MUITO ALÉM DO PERDÃO

Culpado se eu ir.
Culpado se não comparecer.
Culpado ao acordar, culpado ao entardecer.
Culpado.

Essa sentença fica escrita na consciência de todos nós, pois, todos temos circunstâncias inacabadas, momentos intermináveis que insistem em nos perseguir. Invadem nossos lares, infiltram-se em nossos filhos e tornam-se um ciclo estupidamente vicioso, destruindo sutilmente, tudo o que encontra pelo caminho.

Eu acordo, eu saio.
Mas para onde ir?

Onde se colocar depois de tudo. Há algum lugar ao qual é possível se encaixar, se abrir, tirar a máscara?
Alguns fingem, disfarçam e muito bem, a dor angustiante que lacera suas almas. Mas é tudo vaidade, é tudo vão, estão vazios, ocos, são nada mais do que sepulcros caiados.
Qual é a resposta?
Quem se candidata a oferecer uma solução para esta questão?


Torno-me um exímio conselheiro. Ajudo a todos quantos atravessam meu caminho, sou ponte para várias reconciliações, costuro feridas profundas, choro dores alheias, rio de piadas velhas.
Porque não encontro a resposta para minha dor? Porque mesmo após o perdão, o medo persiste, a dúvida insiste e o peso permanece?

A consequência é imensa, aterradora e inafastável da existência caída. Não obstante, tem-se que continuar, a caminhada exige passos, o caminhante prossegue, alguns conseguem a cura, outros a camuflam, outros ainda permutam suas dores. Não há quem se exima da colheita, pois, em se plantando é certo que se dará.

“Seus pecados estão perdoados! Levanta e anda.”
Já faz um bom tempo que estou andando...

Por,
Ulisses Juliano

domingo, 3 de julho de 2011

COMO PERDOAR QUEM ME ODEIA?

O evangelho é extraordinário!
Porém, poucos realmente o acham atraente e fascinante como Jesus o proclamava. Em nossa capacidade de raciocínio, quando vamos estudando o evangelho percebemos que não há uma lógica-lógica humana. A proposta do evangelho por vezes parece-nos absurda, "amar ao próximo como a ti mesmo", por exemplo, é impensável porque Jesus nos diz que o nosso inimigo também está incluso como nosso próximo.
Todo mundo acha que o perdão é uma idéia adorável, até ter que perdoar alguma coisa que nos feriu de verdade. Não é que as pessoas julgam esta virtude inatingível ou difícil: é que a julgam odiosa e desprezível. Dizem: "como você se sentiria perdoando Hitler, se fosse um judeu?"
A questão não é dizer o que eu faria, porque, quase não faço nada, visto que eu também me incluo no processo do evangelho e preciso muito ainda evoluir. Só procuro dizer o que é o evangelho. Não o inventei e não quero maquiá-lo para que seja mais apresentável.

Como perdoar o nosso inimigo mesmo sabendo que ele continuará me fazendo o mal, me odiando? Como perdoar alguém que não merece? Como viver essa lógica? Há duas coisas que facilitam nosso caminho:
1. Começar com algo mais fácil do que perdoar Hitler: Quando começamos a estudar a matemática, não principiamos com o cálculo integral, mas com a soma, a subtração e assim por diante. Do mesmo modo, se desejamos aprender a perdoar, podemos começar perdoando a quem amamos, como nosso cônjuge, nossos pais, a um amigo de infância. Isso pode ser o nosso início. Mas Deus quer que amemos como a nós mesmos. Como é, exatamente que amo a mim mesmo?
2. Reconhecer em nós as virtudes e as fraquezas: Nem sempre apreciamos tudo o que fazemos e se formos honestos sabemos bem quais são nossas limitações. Da mesma forma, amar ao próximo não significa fazer de conta que, apesar de tudo, eles não são tão ruins, quando é evidente que são. Aplica-se aqui a velha máxima, de que devemos odiar os atos de um homem mau, mas não odiar o homem mau. A questão é: como odiar o que alguém faz, e não odiar a pessoa?
Vivendo o evangelho que nos induz a virar a outra face. O problema é que neste momento, nós queremos fugir em nossa fraqueza e afirmamos que não podemos, que não somos capazes, que temos limitações. Contudo, Jesus inicia o processo fazendo em si a maldição do mundo e aceitando todo o mal acreditando que mesmo assim, dEle poderia sair virtude. (risos) É ou não é uma loucura o evangelho?

Por mais que Deus nos conheça, saiba de nossas verdadeiras intenções, sonda quais são nossas ambições secretas e conhece todos os nossos caminhos, jamais deixou de nos amar.
Temos a tendência de ver com prazer algum tropeço de outrem. Com o pecado do meu inimigo exposto eu posso demonstrar que sou diferente, que sou melhor. Assim desejamos que o preto seja um pouco mais preto e se continuarmos nesse raciocínio, mais tarde, veremos o azul como preto, o amarelo também e assim por diante. Finalmente, se insistirmos nessa disposição, veremos todos, inclusive Deus e a nós mesmos, como maus. Portanto, Deus nos ensina que perdoar não é para quem merece, e sim o contrário. O perdão deve ser liberado justamente para aquele que não tem nenhuma condição de recebê-lo.


O prazo da espera expirou. O Reino de Deus está aí. Mudem de vida! Acreditem nesta Boa Notícia. (Mc 1:15)

Por,
Ulisses Juliano