quinta-feira, 4 de abril de 2013

DEUS PROTESTA CONTRA A IGREJA



Anás, sumo sacerdote na época de Jesus e João batista, era extremamente populista e politizado, faz um acordo com Roma - que estava interessada na influência que o sumo sacerdote tinha no Estado de Israel, e decide interferir na indicação do sumo sacerdote -, iniciando assim, uma era de “promiscuidade”, ou seja, quando a religião se mistura com o Estado - fato que se repetiria com mais contundência através do imperador Constantino. Portanto, há uma subversão no templo, na igreja, na religião judaica, que era o lugar da adoração, a casa de oração.

Segundo a Lei de Moisés somente os levitas, da linhagem de Arão, poderiam exercer o cargo de sumo sacerdote, João Batista era o legítimo sumo sacerdote, visto que era filho de Zacarias e Izabel, descendentes diretos de Arão. Não obstante, quando tudo isso estava acontecendo, “veio a palavra de Deus a João Batista no deserto.”

Deus mudou de endereço, saiu da igreja e foi para o Deserto.

Como o sumo sacerdote tinha que se vestir com roupas especiais e João Batista não tinha acesso a elas, vestiu-se de couro de camelo. Como, também, não poderia comer o pão da proposição e a carne dos cordeiros sacrificados, João se alimentava de mel silvestre e gafanhotos.

Esse é o protesto de Deus contra a subversão em Sua casa.

No deserto, João Batista começa a anunciar o Reino de Deus. Que é muito maior do que a religião, a igreja, os Estados e os costumes. Essa mensagem é ratificada por Jesus, quando afirma que devemos buscar primeiro o reino dos céus.

João, portanto, vem como sumo sacerdote anunciar o cordeiro pascal que seria imolado em sacrifício por toda a humanidade. Esse era o papel do sumo sacerdote, mas Deus não tinha mais sumo sacerdote no templo, visto que este prestava serviço aos romanos, contudo, Deus protesta contra essa realidade e leva Jesus para ser batizado pelo verdadeiro sumo sacerdote, pela voz do que clama no deserto.

Deus sempre fala, sempre se posiciona, só não o ouve e não enxerga quem não tem o Espírito.

Por,

Ulisses Juliano

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