segunda-feira, 31 de maio de 2010

QUANDO DEUS NÃO FAZ SENTIDO


Muitas vezes pensamos que somos fortes, acreditamos na nossa popularidade e confiamos em nós mesmos. Percebemos então que somos superiores e que nossos sonhos são singulares. Sorrimos e felicitamos a nossa bela vida.
Repentinamente, surge um problema, uma dificuldade, algo fora de nosso roteiro.

Os nossos sonhos agora parecem inatingíveis, as lágrimas ofuscam nossos risos e entendemos que não somos tão fortes como queríamos.
Em muitos momentos de nossas vidas não queremos olhar para frente, simplesmente por medo de não alcançar o almejado. Olhamos para os céus e perguntamos com o coração cortado se Deus se esqueceu de nós, ás vezes Ele não responde e, nós não entendemos, queremos de todas as formas mudar a nossa situação.
Não aceito Senhor!
Não quero isto para mim!
Acabe com este meu sofrimento!
Cadê minhas promessas? E as profecias? O que faço com elas?
Lágrimas.

Paulo. Um homem culto e influente. Detinha o respeito e admiração dos líderes de Israel. Cumpridor da lei e leal ao seu Deus, cidadão romano, fluente em vários idiomas e bem quisto em toda a sociedade. Em suas mãos uma carta branca para prender ou matar.

Uma luz, uma queda, e o cavalo não têm mais seu cavaleiro. Três dias em completa escuridão.
Aqueles a quem antes ele perseguia agora oravam com e por ele.
Nesses três dias Paulo relembra cada palavra, e tenta discernir o que presenciou naqueles instantes em que ele percebeu que estava matando os filhos de Deus, os escolhidos.
Uma oração e Ananias observa a alegria irradiar dos olhos de Paulo, ele estava vendo novamente.
“Vou pregar, vou levar o evangelho a todas nações, vidas vão ser salvas e restauradas. Deus vai comigo, Ele me prometeu ao me escolher!”
Um mês depois Paulo estava preso. Vendo o sol raiar por entre as barras de ferro Paulo não entendia. Agora ele era um pária, vivia como um fora da lei, fugitivo e perseguido em várias localidades. Deus mais uma vez não estava fazendo nenhum sentido.
Será?

Paulo se tornou o maior missionário de todos os tempos. Suas cartas se tornaram o credo do cristianismo, sendo que as mais profundas ele escreveu em celas vazias, úmidas e sombrias. No meio da solidão ele aprendeu que só o Senhor é Deus. Na prisão Paulo percebeu que não era tão forte assim, sentiu na pele que suas influências não podiam fazer nada por ele.
Assim ele mudou seus planos, alterou seus sonhos e reconheceu a sua total dependência da graça de Deus, “quando estou fraco, então estou forte!”.

Deus não precisa ser compreendido. Ele não vive dentro de uma lógica física de ação e reação ou qualquer racionalização do gênero. Nossos preceitos e padrões não O comportam. Tudo o que sabemos é que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que O amam”.
Portanto, viva Sua bondade, viva o evangelho e não se perca procurando sentido naquilo que está alicerçado no Eterno.
Se permita ser guiado, ser amado incondicionalmente.

Ulisses Juliano

quarta-feira, 26 de maio de 2010

PARA QUEM BRINCA DE RELATIVIZAR E GOSTA DE PERVERTER




“Ai dos que chamam ao mal bem e ao bem, mal, que fazem das trevas luz e da luz, trevas, do amargo, doce e do doce, amargo! Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos e inteligentes em sua própria opinião!” (Isaías 5. 20-21)


A perversão é um dos grandes problemas que acontece nos mais diversos relacionamentos. Temos uma tendência natural a perverter qualquer coisa, as vezes pelo simples prazer da mudança, do diferente, do estranho. Os relacionamentos passam a ter uma conotação extremamente causalista, visto que, estamos manipulando as emoções, os momentos, as circunstâncias, transformando, carinho em obrigação, afeto em produto de troca, transacionamos o tempo e a atenção, e condicionamos o amor ao erotismo.
Os relacionamento, tornam-se, portanto, fruto desses engendramentos e o que vem disso é perversão, é mentira, é desvio.

No mundo espiritual também há essa possibilidade e é nesse ponto que as coisas tomam proporções emblemáticas. Há aqueles que se entendem como sábios e inteligentes a tal ponto que se permitem modificar ou barganhar com o sagrado, com O Eterno. Tratam o bem, a luz, o mel, o santo, o puro como mal, rejeitam e se afastam. É quando o “sim” e o “não” perdem a eficácia, se transformam em necessidades circunstanciais e são totalmente relativizados. Andam nas trevas como se estivessem iluminados, tomam o doce como algo profano e se deliciam com o amargo. Perdem o referencial, não há mais em que focar, não há alvo, não há objetivo, não há caminho, pois tudo torna-se relativo à sua própria opinião.

É preciso tomar cuidado com as intervenções que fazemos, peço sempre a Deus que me dê discernimento para compreender aquilo que eu não posso mudar e para me banquetear somente com Sua palavra.

Blaise Pascal assegurou certa vez que “Deus nos criou à Sua semelhança e em retribuição, o homem fez Deus à sua imagem”.

Quem tem ouvidos...

Ulisses Juliano