Ter a consciência de ser nascido de novo, de ser co-herdeiro com Cristo, de se tornar filho do Eterno, é uma dignidade tão grande que não admite quaisquer vinculações com barganhas, culpas, fobias, religiosidades ou qualquer coisa do gênero.
A melhor honra que um filho pode fazer ao Pai é aceitar que é amado, que é desejado, que é querido nos céus. Se essa for a concepção, há isenção, ou seja, nada pode atrelar este filho a outra realidade que não seja a do evangelho, ao chão da graça, ao amor inefável do Pai.
A primeira virtude de um filho é a dependência ao seu Criador, ao seu Pai eterno. Esta dependência precisa ser ensejada de relacionamento íntimo, tempo dedicado, coração sincero e ao mesmo tempo uma vontade imensa de se entregar, de se doar, de partilhar todo esse amor com o qual é sustentado. Essa é a herança, a consciência e a atitude de um verdadeiro adorador.
Se for assim, não há barreiras para se experimentar uma amor absurdamente incalculável.
Nele, que me amou mesmo antes da minha existência.
Ulisses Juliano